Vilma Trujillo, que sofreu queimaduras em 80% de seu corpo, não
resistiu e morreu na terça-feira (28), depois de uma semana de agonia.
A morte da jovem comoveu a Nicarágua.
De acordo com a Polícia Nacional do país, a mulher foi levada para "uma
oração de cura", no dia 15 de fevereiro, a um templo da igreja
evangélica Visão Celestial das Assembleias de Deus, em El Cortezal, no
noroeste do país.
Vilma Trujillo teve os pés e mãos amarrados e ficou sob a supervisão do
pastor da igreja, identificado por autoridades locais como Juan
Gregorio Rocha - homem que a Assembleia de Deus nega reconhecer como
pastor.
Seis dias depois, em 21 de fevereiro, depois da meia-noite, Trujillo foi queimada na fogueira.
Segundo a Polícia Nacional, a diaconisa da igreja, Esneyda del Socorro
Orozco, havia ordenado que "por revelação divina, deveria ser feita uma
fogueira no pátio do templo para curar a vítima por meio do fogo".
Vilma Trujillo teria, então, sido lançada ao fogo com pés e mãos
amarrados. A jovem sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus em 80%
do corpo e, apesar de ter sido levada a um hospital em Manágua, a
capital, acabou falecendo.
'Foi bruxaria'
O marido da vítima, Reynaldo Peralta, afirmou que Vilma Trujillo, mãe
de duas crianças, foi levada à força pelos integrantes da igreja. Eles a
acusavam de ter tentado atacar pessoas com um facão.
Para Peralta, a mulher não estava "possuída pelo demônio", mas havia sido vítima de um ato de "bruxaria".
"Ela tomava um remédio dado por um homem que, pelo que fiquei sabendo
agora da família dela, a havia estuprado. Desde que começou a tomar o
remédio, mudou um pouco comigo", disse o marido ao jornal "La Prensa".
Fonte G1
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