A Oi informou que ajuizou, em conjunto com suas subsidiárias
integrais, diretas e indiretas, pedido de recuperação judicial nesta
segunda-feira. A empresa declarou dívida de aproximadamente R$ 65,4
bilhões nos documentos protocolados com o pedido de recuperação
judicial.
Trata-se do maior pedido de recuperação judicial da história do
Brasil. O recorde anterior pertencia à OGX, de Eike Batista, que em 2013
afirmou à Justiça ter dívidas de R$ 11,2 bilhões.
As empresas que estão citadas no pedido são: Oi Móvel S.A., Telemar
Norte Leste S.A., Copart 4 Participações S.A, Copart 5 Participações
S.A., Portugal Telecom International Finance BV, Oi Brasil Holdings
Coöperatief U.A. (“Empresas Oi”). O pedido foi ajuizado na Comarca da
Capital do Estado do Rio de Janeiro.
A Oi diz no comunicado que julgou que a apresentação do pedido de
recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento, para
preservar a continuidade da oferta de serviços de qualidade a seus
clientes, dentro das regras e compromissos assumidos com a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel); preservar o valor das Empresas
Oi; manter a continuidade de seu negócio e sua função social, de forma a
proteger de forma organizada os interesses das Empresas Oi e de suas
subsidiárias, de seus clientes, de seus acionistas e demais
stakeholders; e proteger o caixa das Empresas Oi.
A empresa disse, em fato relevante, que o pedido de recuperação
judicial será submetido à deliberação da Assembleia Geral da Companhia,
cuja convocação foi aprovada hoje pelo Conselho de Administração.
A Oi acrescentou em seu comunicado que manterá normalmente sua
atuação, com suas atividades comerciais, operacionais e administrativas e
o “foco nos investimentos em projetos estruturantes que visam a
promover melhoria de qualidade na prestação de seus serviços, de forma a
continuar levando avanços tecnológicos, alto padrão de atendimento e
inovação aos clientes”.
A companhia informa ainda que não existe mudança prevista na
estrutura do quadro funcional ou de gestão das Empresas Oi no âmbito do
processo de Recuperação Judicial, caso o pedido venha a ser aceito, e
todas as obrigações trabalhistas da Companhia e benefícios atuais serão
mantidos normalmente. “As empresas esperam que as suas movimentações
sigam o curso natural da dinâmica setorial, macroeconômica e do
direcionamento estratégico dos negócios. O time da Companhia manterá seu
foco operacional na realização dos projetos previstos em orçamento e na
busca das metas estimadas para 2016”, diz o comunicado.
O pedido de recuperação judicial da Oi segue-se à interrupção das
negociações com os credores externos, detentores de 70% da dívida da
companhia, após não chegarem a um consenso sobre a renegociação do
passivo da companhia. A proposta da empresa para os bondholders previa
um desconto (haircut) de cerca de 70% do principal de suas dívidas. Já
os bondholders, na contraproposta feita à Oi, exigiram ficar com 95% das
ações na troca de uma parte da dívida por ações. Os credores pediram
também que a parte da dívida que recuperariam com a emissão de novos
bônus fosse elevada dos R$ 4,4 bilhões propostos pela empresa para R$ 9
bilhões.
A renúncia do diretor presidente da empresa Bayard Gontijo, no dia 8
de junho, foi atribuída justamente à discordância quanto à entrega de
95% da empresa para os credores apresentada pelo acionista Pharol, que
detém direta e indiretamente aproximadamente 27% da Oi.
Fonte: istoé
Créditos: istoé
terça-feira, 21 de junho de 2016
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» A OI QUEBROU: Operadora entra com pedido de recuperação judicial de R$ 65 bi, o maior da história do Brasil
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