A produção de 10 mil mudas de caju precoce pela Emepa deverá
contribuir para a recuperação do plantio desta cultura no município de
Bernardino Batista, no Sertão da Paraíba, a 534 km de João Pessoa,
região que sofre com os efeitos da seca.
É
uma iniciativa que o presidente da Gestão Unificada
Emepa-Interpa-Emater, Nivaldo Magalhães, destacou como sendo fundamental
para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, com geração
de renda.
As mudas de caju são provenientes de um convênio
firmado entre a Emepa e a Prefeitura Municipal de Bernardino Batista
para fazer parte do projeto intitulado de ‘Expansão da Cajucultura no
Município de Bernardino Batista’, firmado em 21 de outubro de 2016, que
começa a ser concretizado. O plantio deverá começar na primeira semana
de fevereiro, caso se consolidem as chuvas, quando as mudas começam a
ser repassadas a 50 agricultores familiares contemplados.
A
proposta da prefeitura municipal busca promover o desenvolvimento
sustentável da agricultura familiar e contribuir com a melhoria da
qualidade de vida, cooperando para evitar a evasão rural de famílias
devido aos efeitos da seca. Os trabalhos contam com a parceria da Gestão
Unificada, desde a produção de mudas e o acompanhamento do plantio até a
orientação técnica do plantio, que será de responsabilidade da Emater e
de técnicos indicados pela prefeitura.
Serão produzidas 10 mil
mudas de caju CCP-76, certificadas pelo ministério da Agricultura, para
atender as comunidades de Alto de Boa Vista, Baixio dos Galdinos,
Barbosa, Boré, Bulandera, Cabeça, Cacimbas, Cafundó, Cosmo de Brito,
Egídio, Mariano, Ponta da Serra e Serra do Padre. Pelo menos 200
famílias estão envolvidas no projeto.
A responsabilidade técnica
para a produção das mudas na Estação Experimental Cientista José Irineu
Cabral é dos pesquisadores Rodrigo Andrade de Araújo Fagundes e Hélio
Fernandes de Souza. Existe a possibilidade de outros municípios firmarem
o mesmo convênio. “Esse primeiro servirá de modelo para os futuros
convênios com as demais prefeituras interessadas”, informou Rodrigo.
O
prefeito Gervázio Gomes dos Santos, de Bernardino Batista, lembrou que a
cultura do caju é uma das principais atividades da população rural do
seu município, por isso está buscando a expansão da área cultivada e sua
melhoria econômica e social, o que também contribui com a
sustentabilidade ambiental do município.
Sequeiro
O
cultivo de caju no Nordeste é feito, na sua maioria, em regime de
sequeiro e por pequenos produtores. A produção acontece em época de
seca, justamente no período e entressafra das demais espécies cultivadas
na região. Daí resultando a relevância da cultura para a manutenção da
mão-de-obra e a permanência do homem no campo, sendo considerada uma
prioridade da administração municipal. Serão oferecidas mudas de boa
qualidade, com altos níveis de produtividade e renda.
Outro projeto
Para
a comunidade de Mato Grosso dos Paulinos, em Picuí, no Seridó, a 226 km
da Capital, onde foi implantada uma unidade do Projeto Ecoprodutivo,
serão destinadas 4,5 mil mudas de maracujá. O plantio, pelo sistema de
irrigação, terá a assistência técnica da Emater.
Fonte Correio
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