Ao criticar a legislação trabalhista vigente que, segundo ele, gerou
desemprego e insegurança para os empregadores, Maia também disse que os
juízes do Trabalho vêm tomando decisões "irresponsáveis".
Segundo o presidente da Câmara, tais decisões "quebraram", por exemplo,
"o sistema de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro" e, em sua
opinião, a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir".
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o presidente do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, disse "discordar"
da opinião de Rodrigo Maia e afirmou que a tendência mundial é da
"especialização dos ramos do Judiciário" (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).
"Vamos votar a modernização das leis trabalhistas propostas pelo
governo e achamos que a proposta do governo é tímida, apesar de o
governo tentar nos convencer a votar o texto que veio do governo, eu
acho que não, acho que precisamos avançar. Acho que há um consenso da
sociedade que esse processo de proteção [do trabalhador] gerou
desemprego, gerou insegurança e dificuldades pros empregos brasileiros.
Acho que precisamos ter a coragem de dizer isso", defendeu Maia.
"O excesso de regras no mercado de trabalho não gerou nada no Brasil e
os juízes tomando decisões das mais irresponsáveis, quebraram o sistema
de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro. O setor de serviço e de
alimentação quebrou pela irresponsabilidade da Justiça do Trabalho no
Rio de Janeiro. [...] Foi quebrando todo mundo pela irresponsabilidade
da Justiça brasileira, da Justiça do Trabalho, que não deveria nem
existir", complementou.
Ao final da declaração, durante entrevista em Brasília, o presidente da
Câmara disse ainda que Temer "não vai gostar" das eventuais alterações
que os deputados fizerem no projeto original de reforma trabalhista.
"Mas a Câmara precisa dar um passo além naquilo que está colocado no texto do governo", concluiu.
G1
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