Duas igrejas cristãs coptas foram atingidas por ataques terroristas
neste domingo (9) no Egito, matando ao menos 44 pessoas e deixando mais
de 100 feridos. Os ataques ocorrem cerca de 20 dias antes da visita do
papa Francisco ao país. Nos dias 28 e 29 de abril, ele terá encontro com
autoridades, com o papa Teodoro II, líder da Igreja Ortodoxa Copta, e
com lideranças islâmicas.
De acordo com a agência de notícias do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis), Amaq, foram os jihadistas que realizaram os atentados.
As
duas igrejas estavam lotadas porque neste domingo é celebrado o Dia de
Ramos para os cristãos, que inicia o calendário da semana da Páscoa.
A
primeira bomba explodiu na igreja de Tanta, deixando ao menos 25 mortos
e 71 feridos. De acordo com as autoridades, uma bomba foi deixada no
local e equipes de especialistas verificaram o local para ver se mais
alguma bomba havia sido plantada na igreja.
A outra explosão
ocorreu em frente à igreja de São Marcos, em Alexandria, matando mais de
10 pessoas e deixando outras 35 feridas. O comandante das forças de
segurança que estava no local foi morto ao tentar evitar que um
homem-bomba se explodisse.
De acordo com informações da agência de notícias egípcia Mena,
os seguranças da igreja suspeitaram da movimentação de um homem e
tentaram barrá-lo, mas ele ativou os explosivos antes. No momento do
ataque, cerca de duas mil pessoas estavam no local. Após os ataques,
as autoridades egípcias prenderam dois suspeitos de ajudarem na ação
terrorista, informou a emissora Al Arabya.
Papa condena ataques
Durante
a celebração do Domingo de Ramos no Vaticano, Jorge Mario Bergoglio
rezou perante ao crucifixo de Cristo "também pelas vítimas do atentado
cometido, infelizmente, no Cairo em uma igreja copta, pelo meu irmão
papa Teodoro II" e "por toda a nação egípcia".
"Exprimo as
minhas profundas condolências, estou próximo dos familiares e da
comunidade. O Senhor converta os corações das pessoas que semeiam o
terror, a violência e a morte e também daqueles que fazem e traficam
armas", disse o líder católico.
Da agência Ansa Brasil
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