pós
quase oito horas de julgamento, Fábio Alexandre Minchio foi condenado
na noite desta terça-feira (4) a 33 anos e quatro meses de prisão em
regime fechado pela morte do enteado Daniel Henrique de Souza Rezende,
de 2 anos, em Ribeirão Preto (SP).
O
crime ocorreu em janeiro de 2012. Daniel foi levado ao hospital com
hematomas e edema cerebral, e não resistiu aos ferimentos. Um laudo do
Instituto Médico Legal (IML) apontou que o menino foi agredido “com
golpes de um tamanco” dias antes de morrer.
A
mãe do garoto, Ana Aparecida de Souza, também foi considerada
culpada pelo crime. Em abril de 2015, ela já havia sido condenada a um
ano e sete meses de prisão em regime aberto. O Ministério Público
recorreu da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Nesta
terça-feira, os jurados consideraram que Minchio também foi culpado
pela morte de Daniel e o condenaram por homicídio triplamente
qualificado. Ele cumpria prisão preventiva desde julho de 2012 e não
poderá recorrer da sentença em liberdade.
“A
pena está de bom tamanho. O júri acatou integralmente a tese do
Ministério Público e a pena foi à altura da gravidade da conduta”, disse
o promotor Marcus Túlio Nicolino.
O caso
Na
época, o caso chocou os moradores de Ribeirão Preto. A mãe alegou que o
menino havia caído da banheira dentro de casa, no Jardim Jóquei Clube,
enquanto ela fazia compras no supermercado. Ana contou que o marido
estava na residência, mas não percebeu a queda.
A
investigação da Polícia Civil concluiu, no entanto, que Daniel sofria
maus-tratos e já havia sido atendido na Unidade de Emergência do
Hospital das Clínicas (HC-UE) um mês antes da morte, pelo mesmo motivo:
agressão.
Consta
na ficha de atendimento do HC-UE que nessa ocasião o menino apresentava
lesão na pálpebra inferior, escoriações na mão e na coxa esquerda,
hematoma na mandíbula, edema cerebral e fratura de um osso da perna.
A
delegada Maria Beatriz de Moura Campos, que chefiou a investigação do
caso, disse que o laudo necroscópico também apontou hemorragia retiniana
no corpo de Daniel, característica da síndrome da criança espancada.
(Com informações do G1)
0 comentários:
Postar um comentário