O Palácio do Planalto comunicará nesta segunda-feira (27) aos líderes
das base aliada a decisão de colocar no texto da reforma da Previdência
Social um artigo que dá prazo de seis meses para estados e municípios
aprovarem regras próprias para os regimes previdenciários de seus
servidores.
Se as reformas locais não forem aprovadas neste
prazo, passará, então, a valer, para cada estado e cada município que
não fizer as mudanças, o texto que vier a ser aprovado pelo Congresso
Nacional.
O prazo de seis meses para a implementação das reformas
locais será contado a partir do momento em que houver a promulgação da
reforma da Previdência, caso seja aprovada pelo Congresso.
Michel
Temer tomou a decisão após se reunir neste fim de semana com o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, e com o secretário de Previdência
Social do ministério, Marcelo Caetano.
O presidente recebeu
apelos de governadores que estavam preocupados com a dificuldade em
aprovar regimes próprios para os servidores.
Ao mesmo tempo,
havia pressão de corporações organizadas, como as de policiais federais e
outras categorias da União, que ficariam com regimes diferenciados dos
correspondentes nos estados, como policiais civis. O mesmo aconteceria
com juízes federais, procuradores federais e professores, por exemplo.
Com
isso, a avaliação no Palácio do Planalto é que será possível quebrar as
resistências de bancadas e dar segurança de que não haverá rombo nas
contas estaduais.
O temor colocado por governadores ao presidente
é que, caso não tivessem força política para aprovar uma reforma
previdenciária nos estados, os orçamentos locais "explodiriam".
Enquanto
isso, no governo, a decisão também contempla reivindicação de deputados
federais que estavam sofrendo pressões de corporações estaduais.
"A
partir de agora, vai depender de cada estado fazer no prazo factível a
própria reforma da Previdência, caso contrário, será aplicada a regra
nacional para que não haja distorções nos estados", disse ao Blog um auxiliar do presidente.
G1
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